BREVE ANÁLISE DOS INDICADORES DE SEGURANÇA PÚBLICA NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO EM 2024
Em 2024, o estado do Rio de Janeiro (ERJ) teve um número total de 398 mil crimes[1], com base nos dados disponibilizados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP). A capital fluminense foi quem liderou o ranking de índice de criminalidade entre os municípios da Unidade Federativa, com 223.758 crimes, cerca de 3.300 a cada 100 mil habitantes.
Analisando as regiões de governo do ERJ com base na proporção de crimes a cada 100 mil habitantes, as Baixadas Litorâneas apresentaram a maior taxa de criminalidade no ano citado, com índice de 6.650. Em contrapartida, Costa Verde mostrou-se a mais segura, com aproximadamente 2.050.
Observando cada crime separadamente entre todos os municípios do estado do Rio de Janeiro, percebemos que algumas localidades possuem maior índice do que outras, o que as define como mais ou menos seguras para aquele tipo de ilegalidade, as taxas citadas a seguir correspondem ao número de crimes a cada 100 mil habitantes.
No caso dos Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) – que corresponde ao resultado da soma dos casos de: Homicídio doloso + Lesão corporal seguida de morte + Latrocínio – o número total de registros foi de 3.106 para todo o território fluminense, ao passo que as maiores taxas se apresentaram nos municípios de São Francisco de Itabapoana, com 69,7, e Trajano de Moraes, com 56,3. A capital do estado aparece na 52ª posição do ranking de índices mais elevados, com 15,4, enquanto Duque de Caxias figura na 37ª com 20,8. Aperibé, Areal, Comendador Levy Gasparian, Duas Barras, Engenheiro Paulo de Frontin, Laje do Muriaé, Macuco, Quatis, São Sebastião do Alto e Varre-Sai podem ser considerados os mais seguros pois não tiveram ocorrências para esse tipo de crime.

Figura 1: Taxa de CVLI para cada 100 mil habitantes nos municípios do estado do Rio de Janeiro – fonte: ISP, organizado pelo FRIPERJ – Observação: Os municípios em branco possuem menores índices.
Os homicídios por intervenção policial ainda apresentam números preocupantes no ERJ, apesar da queda em relação a 2023, foram 703 registros em 2024 contra 871 no ano anterior. Das sete maiores taxas, quatro são de municípios pertencentes à Região Metropolitana (Japeri, São João de Meriti, Queimados e Duque de Caxias). No geral, Japeri lidera o ranking de mais ocorrências com 19,6, seguido por São João de Meriti com 12,6.
No mesmo ano foram registradas 4.055 tentativas de homicídio no ERJ. Os municípios com os maiores índices foram São José de Ubá, com 68,4, e Paraty com 63,0. Em contrapartida, Natividade, Santa Maria Madalena e São Sebastião do alto podem ser considerados os mais seguros, visto que não apresentaram nenhum registro desse tipo de crime.
A maior ocorrência de estupros foi em Paraty, com taxa de 96,6, enquanto Comendador Levy Gasparian mostrou-se o mais seguro para esse tipo de crime, com 11,1.
Cento e sessenta e um foi o número de sequestros em 2024, o terceiro maior registrado desde 2014, atrás apenas de 2022 (198 casos) e 2014 (169 casos). Dentre os municípios que sofreram com esse crime destacaram-se a capital fluminense com 73 registros, e Belford Roxo com 22.
Tratando-se de lesão corporal, foram 94 mil o número de ocorrências no ERJ. Os municípios com maiores índices são Miguel Pereira e Mangaratiba, com 1.041,9 e 1.015,5, respectivamente, enquanto Trajano de Moraes apresenta o menor, 197,1, sendo considerado o mais seguro nesse contexto.
Em relação a roubos, a região metropolitana foi quem apresentou os maiores índices de ocorrências. Entre os 20 primeiros municípios menos seguros, 18 são parte da região citada. Duque de Caxias é o líder com 1.124,5, seguido por Belford Roxo com 976,3, e logo após aparece a cidade do Rio de Janeiro com 973,3.
[1] Foram considerados como crimes nesta análise apenas aqueles que envolveram violência contra o cidadão: Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI), estupro, furtos, homicídio por intervenção policial, lesão corporal, letalidade violenta, roubos, sequestro e tentativa de homicídio.
Autores:
Lorena da Silva Salgado (Estagiária)
Luana Fernandes Gervasio (Estagiária)
Sob a supervisão de Henrique Rabelo



